quarta-feira, 27 de março de 2013

Curitiba em(Cena)



Goste ou não goste, Curitiba está em(Cena)!

Entre os dias 27 de março de 2013 e 07 de abril de 2013 acontece o Festival de Curitiba. Teatro, dança, circo, música, cinema, lançamentos e outras inúmeras atividades estão presentes neste festival que é caracterizado com um dos maiores do Brasil. Goste ou não goste, Curitiba está em(Cena)!

A diversidade presente no festival abrange desde famosos atores consagrados pelas grandes emissoras de televisão, e estes certamente ajudam a lotar os maiores teatro da cidade, assim como desconhecidos vindo de todos os cantos desse país continente (usando um termo geográfico), além de conhecidos e desconhecidos artistas locais. Você escolhe o que mais te interessa e mergulha nos diferentes temas e abordagens discutidas (ou vendidas) por inúmeros grupos e companhias. Goste ou não goste, Curitiba está em(Cena)!!

Críticas vão surgir. "Trouxe público porque é global (ops, falei)." "Está fugindo da essência do teatro." "Faltou formação teórica para a elaboração dessa peça." "Não entendi nada." "Pirei com a vibe deles, eles seguem uma lógica transcendental." "Esse festival é mercadológico, não valoriza os artistas e a cultura local." O povo vai falar sobre teatro. Goste ou não goste, Curitiba está em(Cena)!

Elogios vão surgir. "Que lindo, amei o espetáculo." "Gostooosooo." "Não entendi nada." "Nessa perspectiva eles conseguem um diálogo entre Bertold Brecht e Nelson Rodrigues." "Como eles conseguiram pensar em uma linguagem tão abstrata!" "Eu quero assistir novamente." "Essa é uma peça pra pensar." O povo vai falar sobre teatro. Goste ou não goste, Curitiba está em(Cena)!




Tem fringe (o verdadeiro festival). Tem espetáculos para todos os gostos. Da criança a vovó. Do tarado ao intelectual. Do deslumbrado ao maria vai com as outras. Do riso às lágrimas. Do meigo ao bizarro. Do preparado ao mal feito. Do show ao show. Cada sujeito com o mínimo de interesse é capaz de escolher o que deseja ver ou não ver, afinal esta também é uma opção. Mas não dá pra esquecer que a chance de conhecer e relacionar-se com a arte está bem no seu quintal. Ou seja, goste ou não goste....rss.

Tem espetáculos caros, baratos, gratuitos, mas todos tem meia, inclusive o gratuito que você não paga nada. Redundância, eu sei. Tem espetáculos longe, perto, do lado da sua casa, na rua, na casa do estudante universitário, no parque, no palco e na arena. Procure e você encontrará.

As opções estão lançadas! Chame os amigos, chame a família, vai sozinho, pois assim ninguém vai reclamar que você escolheu a peça errada. Aproveite. Olhe o teatro como uma linguagem para pensar, para divertir-se, para rir, para chorar, para dialogar com o mundo, para cochilar porque está muito chato... Só não deixe de ir/ver.

Goste ou não goste, tem muitos artistas tentando te dar um recado. Só depende de você querer escutar. Ah! Escute.

sexta-feira, 22 de março de 2013

Deborah Kramer: uma bailarina e o teatro.



O Blog Platéia Vip vai em busca de entrevistas!!! Para começarmos com o pé direito esse novo desafio, convidamos uma pessoa extremamente envolvida com o mundo da dança, teatro e televisão. 

O nosso bate-papo é com Deborah Kramer!!! Aproveitem cada orientação e ponto de vista dessa profissional que se destaca no meio cultural curitibano!

Deborah Kramer é bailarina profissional, graduada em Educação Física, especialista em Arte-educação e Mestre em Aprendizagem Motora pela UFPR.

Foi bailarina da Téssera Companhia de Dança da UFPR entre  os anos de 1993 e 2002. Fez participações como atriz no programa Revista RPC, quadros “Casos e Causos” e “Louco de Bom”. É coreógrafa, professora de dança e diretora na Escola/Teatro Lala Schneider. Atua, desde 2007, na TV Paulo Freire (SEED/PR) como produtora, diretora, apresentadora e na locução de programas voltados à educação.


Acompanhem....


PV – Deborah, para iniciarmos o nosso bate papo, o Blog Platéia Vip que saber como iniciou a sua relação com o teatro?

DK – Eu fui inserida no contexto da arte aos 4 anos quando fui dançar ballet clássico. Anos depois, já em Curitiba, me apaixonei pelo trabalho da Téssera, o Grupo de Dança da UFPR. A interpretação teatral está diretamente relacionada à Dança Moderna, técnica trabalhada no grupo, mas foi no teatro Lala Schneider que realmente voltei meus olhos para o trabalho do ator. 


PV – O que mais chama a sua atenção em um espetáculo teatral?

DK - Uma boa produção é tudo! Quando você tem isso, a platéia consegue perceber um cuidado em tornar aquele espetáculo parte da realidade. Mas é claro que eu procuro assistir aqueles que tem um trabalho corporal mais elaborado. E musicais, adoro! Saindo da questão corpo e movimento, gosto de espetáculos surreais, com um quê de ficção, mas também curto histórias lineares que falam da realidade. 


PV - E suas maiores críticas na organização de uma peça?

DK - Criticar a organização de uma peça é muito difícil. Posso ser injusta e dizer algo que não está bom sem conhecer o contexto. Então, vou dizer uma coisa que me incomoda: a escalação de atores para protagonizar determinados papéis, simplesmente por serem amigos do produtor, diretor, do contra-regra, etc. Já assisti espetáculos com gente boa fazendo uma pontinha e o protagonista atuando como um amador. Não é possível que o diretor não perceba que seu ator é ruim, e tente protegê-lo, ou ajudá-lo dando à ele um papel que possa representar.    


PV – É possível relacionar a dança e o teatro?

DK - Sim! O teatro e a dança tem uma relação muito estreita. Porém é na questão  técnica que se diferem. Um bailarino, de certa forma, quando está no palco, não realiza apenas movimentos técnicos e virtuosos, ele comunica através de sua linguagem corporal e,  dessa forma, não deixa de estar representando. No caso do ator, ele tem que ter um bom domínio de seu corpo, conhecer suas possibilidades e solucionar questões acerca do movimento e do espaço. A exigência nos padrões de movimento são menores, no sentido de que ele não precisa ter uma perna em développé à 180º. Mas se ele tiver, essa flexibilidade lhe pode ser útil em um personagem ou situação.


PV - Um ator/atriz precisa saber dançar? O que você indica?

DK - Um ator que dança, tem uma relação de maior intimidade com seu corpo e isso sempre será favorável. Qualquer técnica de dança desenvolve a coordenação motora, o ritmo, a harmonia, etc. A escolha por ballet ou jazz (entre outras) vai depender do que o ator quer/precisa desenvolver em si mesmo. Eu defendo a dança moderna como uma técnica complementar ao trabalho  do ator, porém esta é uma escolha muito pessoal.  


PV – Deborah, e qual é a sua orientação para quem gostaria de iniciar uma carreira no teatro?
      
DK - Primeiro procure uma boa escola, com profissionais que realmente tenham um trabalho competente. Experimente, peça para fazer uma aula e se gostar permaneça por um tempo. Se essa for mesmo “a sua praia”, se dedique, muito! Não há um bom ator, sem muito trabalho, pesquisa, envolvimento e disciplina. É preciso entender que atuar é prazeroso, e muitas vezes divertido, mas hora de ensaio é hora de ensaio, e tem que ser com seriedade e responsabilidade. Respeite seu diretor, respeito os horários e principalmente, decore o texto!!!


PV - Pra você, em uma palavra, o que significa no teatro:

PV: Espetáculo
DK: Produção

PV: Sucesso
DK: Reconhecimento

PV: Interpretação
DK: Entrega

PV: Direção
DK: Envolvimento

PV: Expressão corporal
DK: Instrumento

PV: Platéia
DK: Motivo

PV: Aplausos
DK: Magia

PV: Pesquisa
DK: Sempre


O Blog Platéia Vip está extremamente contente por Deborah Kramer ter aceitado o desafio de ser a primeira entrevistada deste nosso bate papo sobre teatro!!! Déborah, muito obrigado por suas considerações sobre teatro, certamente sua opinião e história foi muito marcante para o desenvolvimento do blog. Valeuuuu!!!! Sucesso sempre!!!

E então galera...até a próxima postagem!!!

Platéia Vip: um bate papo sobre teatro

Fonte: artenalente.com.br

Olá pessoas!!! Como estão?

Já faz algum tempo que venho pensando em criar um blog, e confesso que até comecei a escrever, tentando falar um pouco sobre mim, mas de uma maneira bastante subjetiva. Imediatamente perdi a vontade de continuar!!! Nos últimos dias decidi que gostaria de criar um blog para falar sobre teatro (nas mais distintas formas), principalmente conversando com pessoas que também entendem desta arte. Este desejo, aliado a alguns estudos que venho desenvolvendo sobre tecnologias na educação (ou na educação a distância) fizeram-me despertar e lançar essa minha mais nova criação – para não dizer ousadia.

Vocês podem perguntar por quê o teatro, então eu explico: essa paixão pela encenação vem em mim desde criança (redundância, eu sei...) mas consegui chegar até os palcos somente com um pouco mais de idade (mesmo não me considerando um velho, rss). O teatro nunca mais saiu de mim!!! Fiquei momentos sem esse contato, por motivos que não vem ao caso (rss), mas senti a necessidade de estar sempre presente neste meio. O teatro me fez muita falta! Ah! Com a atuação sinto-me vivo!!! Voltei, fui em busca da profissionalização como ator, e consegui!!! Agora posso dizer que a antiga paixão de um menininho interiorano está seguindo pelo melhor caminho, o aprendizado e a experimentação nos palcos da vida.

Limites todos temos, mas vontade e espírito de luta, também temos!!! Falar sobre teatro é um desafio, seja como análise (empírica) de expectador/ator ou como aprendizado, já que a emoção muitas vezes fala mais alto que a racionalidade, se é que necessitamos ser racionais quando a energia é ativada e o frio na barriga nos desperta para a cena. 

Seguindo a linha que aprendi na universidade e que me levou à formação de geógrafo, sempre me identifiquei com a crítica sobre elementos presentes na organização da sociedade, e percebo que é possível aliá-la com o fazer teatral, afinal, retratamos nos palcos inquietações percebidas no meio social. Modestamente atrevo-me a comentar e/ou perguntar (porque crítica seria muito pesado para um "pobre" mortal...) sobre espetáculos, autores, linguagens e vivências. Sei que isto pode contribuir para a minha carreira de ator e certamente para a divulgação de trabalhos desenvolvidos por profissionais desta área, sem falar na minha formação de educador.

No teatro é impossível trabalharmos sozinhos, nem que seja em um monólogo, por isso, para o Blog Platéia Vip buscarei elementos e contribuições de pessoas que também vivenciam este mundo.

Abro as cortinas do Blog Platéia Vip!!! (Mais um chavão..., mas o que seria de nós sem eles!!!)

Um grande abraço!!